terça-feira, 13 de abril de 2010

Titanic

No dia 10 de abril de 1912 o navio Titanic foi inaugurado na Inglaterra. Gigantesco, com cerca de quarenta e seis mil toneladas e 269 metros de comprimento, seria o maior e mais luxuoso do mundo até então. Fruto da classe Olympic, da White Star Line, era a “menina dos olhos” da companhia e sua primeira viagem era anunciada com muita pompa. Dizia-se que o maravilhoso navio era insubmergível, que nem mesmo o próprio Deus poderia afundá-lo.

Cerca de 2.200 pessoas, incluindo-se a tripulação, embarcaram no navio em Southampton, Cherbourg e Queenstown com direção a cidade de Nova York. Entre outras acomodações, os passageiros contavam com piscina, academia, biblioteca e quadra de Squash, além do famosíssimo Café Parisiense, o primeiro do tipo em navios de cruzeiro. De financistas a proprietários de estradas de ferro, o suntuoso navio desfilava com a nata da burguesia americana e européia no período mais fascinante vivido por essa classe, a Belle Époque.



Até mesmo os passageiros das segunda e terceira classes dispunham de relativo conforto não encontrados em qualquer outro navio à época. Banheiros exclusivos por cabine eram encontrados nas classes menos favorecidas e podia-se caminhar entre os passageiros da primeira classe (com algumas ressalvas, claro).

A megalomania e orgulho seriam em poucos dias dilacerados. Na noite de 14 de abril o gigantesco navio abalroou um Iceberg comprometendo alguns dos compartimentos estanques. Apenas algumas horas depois, já na madrugada do dia 15, o insubmergível navio iria a pique com 1517 de seus ocupantes. Aproximadamente 703 escaparam.



No primeiro instante em que as notícias alcançaram os grandes centros, poucos acreditavam na tragédia. Até mesmo chegou-se a formar uma multidão no porto de Nova York na terça-feira posterior ao acidente na esperança que o navio atracasse com segurança. A realidade seria mais cruel e traria os sobreviventes com relatos surpreendentes sobre o naufrágio.

Devido à tragédia, as normas de segurança internacionais mudaram, e a partir dessa data os navios deveriam ter botes salva-vidas suficientes para todos os passageiros. As experiências daqueles que sobreviveram à catástrofe mais famosa do mundo se transformaram em diversos filmes, lendas e livros.

O Titanic se foi com apenas "cinco dias de vida”, mas permanece no imaginário popular desde então.

-- Thiago Amorim

Para saber mais:

“As 100 maiores catástrofes da história” – Stephen J. Spignesi

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Abril



O mês de Abril deriva do latim Aprilis, que significa “abrir”. Recebeu esse nome, devido ao despertar da primavera no hemisfério norte nessa época do ano, e portanto o “desabrochar”, o “abrir” das culturas. Sugere-se, entretanto, que o nome também derive da Deusa grega do amor e da paixão Vênus, (Afrodite na mitologia Romana) a qual segundo a lenda teria nascido de uma espuma do mar, que em grego antigo dizia-se “abril”.


O mês é um dos mais importantes para a sociedade ocidental devido à data da páscoa, que em muitos anos cai em abril (importante lembrar: a comemoração da páscoa é móvel por se basear no calendário lunar e não no solar).

Outra data bem conhecida, embora menos importante, e comemorada em diversos lugares do mundo é o dia da mentira, no primeiro de abril. O dia surgiu devido à confusão causada pela mudança dos calendários. Quando o calendário Juliano foi substituído pelo Gregoriano, muitas pessoas continuaram a comemorar o ano novo entre março e abril, com festejos que acabavam no primeiro de abril. A substituição dos calendários fez com que o ano começasse em janeiro, mas muitas pessoas continuaram a comemorar a data na época errada. Dessa forma, sugiram diversas brincadeiras envolvendo a data e seu falso início de ano. Em alguns países o dia da mentira é conhecido como “dia dos tolos” devido a tais eventos.

-- Thiago Amorim

Para saber mais:

A origem de datas e festas – Marcelo Duarte

* Imagem: O nascimento de Vênus - Botticelli

terça-feira, 30 de março de 2010

Livro: "Roubaram a Mona Lisa!"

A expressão da Mona Lisa, exposta no Louvre em Paris, traz uma série de perguntas à cabeça de todos que a veem.  O que aquela mulher sentia, quem era, o que fazia? As especulações são muitas e as respostas mais numerosas ainda. Surpreendentemente o sorriso mais famoso do mundo é o mais singelo e contido.

No recente trabalho da escritora R.A. Scotti, somos convidados a adentrar no mundo das artes, das falsificações e das investigações policiais, em busca do destino do quadro mais famoso do mundo, naquele que foi o maior roubo de arte da história. Com seriedade e bom humor, o "passo a passo" dessa história é minuciosamente trabalhado e, por fim, esclarecido.

De Apollinaire e Picasso até o verdadeiro ladrão, Vincenzo Peruggia, e ainda entre as várias histórias que surgiram durante, e após o período em que o quadro ficou desaparecido*, podemos sentir o clamor e o pesar do povo francês por sua perda. A autora é claro, não nos deixa escapar a história da obra e do seu famoso artista, Leonardo Da Vinci.

“Roubaram a Mona Lisa!” é delicioso de ler do início ao fim, deixando “aquele gostinho de quero mais”, sempre presente nas obras de R.A. Scotti.


-- Thiago Amorim

* O quadro foi levado do Louvre em 21 de agosto de 1911, e não se percebeu o sumiço até a manhã seguinte. Foi encontrado em Florença em 12 de dezembro de 1913 e restituído a França em janeiro de 1914.

sábado, 20 de março de 2010

Livro: "Armas, Germes e Aço"

Por que o povo da Eurásia se mostrou mais apto a construir impérios, criar tecnologias e dominar o mundo durante grande parte da história humana? 
Os Eurasianos são melhores que todo o resto da população mundial e, portanto, mais evoluídos?

Os relatos preconceituosos derivados dessas perguntas (até mesmo afirmações) são postos abaixo pelo excelente trabalho do Professor Jared Diamond no seu livro "Armas, Germes e Aço".

Essa obra (que lhe rendeu o prêmio Pulitzer) traz de forma clara e concisa uma explicação simples para a hegemonia eurasiana na história da raça humana.

Segundo seu trabalho, as condições climáticas e geográficas da Eurásia propiciaram o desenvolvimento do que o autor chama de armas, germes e aço: exércitos, doenças e tecnologia, que viriam a ser os meios de dominação utilizados contra as outras regiões do mundo. 

Para os Darwinistas sociais a sua resposta é bem concisa: Os povos que vivem sem um estado definido, com leis e instituições para solucionar os seus problemas, precisam resolvê-los por si mesmos. Então apenas os mais desenvolvidos geneticamente conseguem sobreviver, o que torna os aborígenes australianos, por exemplo, mais evoluídos que os Europeus. 

Seus preconceitos nunca mais terão sentido depois de apreciar esse livro...
Leitura obrigatória para todos! 

-- Thiago Amorim

quinta-feira, 18 de março de 2010

Março

E chegamos finalmente ao mês de março.

Como é de se imaginar, seu nome deriva de Marte, deus da guerra romano.

Sabe-se que a cultura romana foi adaptada de acordo com a dos povos por eles conquistados. Nesse caso, na cultura grega encontra-se o deus equivalente a Marte em Ares.

O mês tem esse nome devido a sua importância. Pelo primeiro calendário romano, o ano se iniciava em março, durante a primavera, ocasião perfeita para o início das campanhas militares do Império. Após sofrer diversas mudanças e adaptações (especialmente a realizada pelo Imperador Júlio César) o calendário teve a anexação dos meses de janeiro e fevereiro ao ano. Janeiro passou a ser o primeiro mês, mas em muitas culturas março permaneceu como o início do ano até o século XX, principalmente nas localidades onde o calendário utilizado ainda era o Juliano*.

* O calendário atual é o gregoriano, que se trata de uma adaptação feita pelo Papa Gregório XIII no século XVI. Vários países, principalmente aqueles contrários ao catolicismo romano, não utilizaram esse calendário até épocas recentes, como Rússia e Grécia por exemplo.


-- Thiago Amorim

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fevereiro



Continuando as postagens sobre o significado do nome dos meses do ano, chegamos a fevereiro.

Aparecendo primeiramente no calendário anterior ao Juliano em Roma, e também presente no Gregoriano (calendário atual), o mês tem seu nome derivado do Deus da morte e da purificação, Febbrus, da mitologia etrusca.

O mês possuía 29 dias normalmente e 30 dias em anos bissextos. Isso foi alterado posteriormente pelo Imperador Augusto, que mudou o nome do mês sextilis para Agosto, em sua própria homenagem, “roubando” um dos dias de fevereiro para que esse “novo” mês tivesse o mesmo número de dias do mês de Júlio César, “julho”.

Nessa época havia um evento chamado “februalia” com sacrifícios para a purificação dos pecados, e, coincidentemente, também aconteciam várias epidemias em Roma, com muitas “febres” na população. Daí a ligação entre o nome do Deus, do mês, do evento e da doença.


-- Thiago Amorim

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O grande labirinto

Hoje vou indicar um livro maravilhoso, desses que a gente quer "Ler e reler". "O grande labirinto" de Fernando Savater me surpreendeu do começo ao fim. Trata-se de literatura infanto-juvenil, com uma boa dose de filosofia e aventura. Apesar disso é leitura imprescindível para qualquer pessoa, em qualquer idade.


Acompanhamos durante a narrativa quatro crianças que buscam seus pais e tios. Há também uma livraria com um senhor muito simpático que adora os meninos. 

As aventuras começam no estádio da cidade onde diversas pessoas foram ver um tal "jogo do século" e nunca mais voltaram para casa. Elas davam notícia por um tempo, contando as maravilhas do tal jogo, mas depois desapareciam.

As crianças perdem seus parentes lá e resolvem entrar no ambiente para descobrir o que acontece. A partir daí viajam por um labirinto de livros, histórias e contos de fadas fantásticos, além é claro do encontro com os temidos psicófagos! Cada capítulo tem uma lição de vida para ser aprendida, que está nas entrelinhas, enfim é uma obra magnífica.

Ler esse livro me lembrou de uma discussão que tive com a Andréa outro dia. Falávamos sobre a questão do gosto pela leitura (ou pela falta dele) entre o povo do nosso país. Eu dizia ser questão cultural e ela completava dizendo que também era por falta de acesso e incentivo.
Depois de encontrar a obra de Savater numa escola pública, vi que ela tinha razão. As pessoas às vezes até procuram ler, mas não encontram o que ou onde, e quando finalmente conseguem achar algo, são impedidas por alguma "força superior". Parece que tudo conspira contra os livros.

No meu caso, só tive acesso a obra porque era amigo de uma professora. As demais, que inclusive fazem parte de uma coleção fantástica enviada pelo Governo para as escolas, ficaram lá, trancados na biblioteca.

Espero que em breve professores e diretores se conscientizem da importância de abrir as bibliotecas para seus alunos. Pior que ver os livros destruídos por excesso de uso, é vê-los mofados por falta.

Conhecimento nas prateleiras é conhecimento perdido...

Abraço para todos!!

-- Thiago Amorim

P.s. É fácil encontrar o livro. Várias bibliotecas de escolas municipais e estaduais receberam a coleção da qual ele faz parte recentemente.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

São Petersburgo


A cidade de São Petersburgo na Rússia é simplesmente uma das mais belas do mundo. Construída na parte norte do país, a partir de 1703, pelo Czar Pedro, o Grande, com o objetivo de tornar-se a capital do Império, tem canais que lembram Veneza e uma arquitetura tão linda que deixam todos os seus visitantes boquiabertos. Numa ilha na entrada do porto da cidade foi construída a fortaleza de Pedro e Paulo, um dos pontos turísticos mais visitados por ser o local de “nascimento” da metrópole.



Seus museus são simplesmente magníficos e contém uma variedade de artigos impressionantes, com amostras de todo o esplendor de mais de mil anos da história Russa e de grande parcela da história mundial. Os tesouros expostos no Hermitage, o mais famoso dos museus da cidade, fariam as jóias da Coroa Inglesa parecer bijuteria barata. Os diversos aposentos do Museu contêm uma variedade de Obras de arte que vão da escultura, passam pela pintura e chegam aos famosos Ovos Fabergé encomendados por Alexandre III e Nicolau II para presentear suas famílias na Páscoa.


Nos arredores de São Petersburgo há palácios fantásticos, como o Peterhof e Tsarkoe Selo, o palácio de Catarina. Cada um apresenta jardins e fontes fabulosas, além de uma variedade de salões surpreendentes.




Grande parte dos tesouros dos palácios de São Petersburgo foi pilhado pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. A cidade havia sido nomeada “Leningrado” e representaria uma grande conquista para Hitler, caso fosse capturada. Felizmente o cerco a Leningrado, terrível para a sua população que passou fome a ponto de optar pelo canibalismo, não surtiu o efeito desejado pelo Füher e teve de ser desfeito. Na saída da região, entretanto, as tropas alemãs carregaram grande parte das obras dos palácios ou destruíram as instalações pertencentes a eles. O magnífico Salão de âmbar de Tsarkoe Selo foi completamente destruído e só depois de muito tempo restaurado. O Hermitage, por estar dentro dos limites da cidade (que não chegou a ser invadida) teve a totalidade de suas obras preservadas.





A grande Catedral de Santo Isaac no centro da cidade, construída no século XIX, hoje é um museu, e também concentra obras de arte suntuosas, como as estátuas douradas de anjos que circundam o interior do zimbório do edifício.





Tendo sido capital da Rússia Imperial durante duzentos anos, hoje São Petersburgo é uma das maiores cidades do mundo. Tem grande importância estratégica e um dos portos mais importantes no Mar Báltico. Apesar de ter sido renomeada duas vezes durante o século XX, como Petrogrado* e Leningrado**, optou-se, no fim do século passado, por receber seu nome original.



Às margens do Rio Neva, São Petersburgo continua sendo magnífica atraindo um número cada vez maior de turistas. Recentemente suplantou Veneza no número de visitantes estrangeiros. A cidade dos Czares nunca foi tão requisitada!

-- Thiago Amorim

*O sentimento anti-alemão em 1914 fez com que o nome da cidade perdesse o seu lado “germânico” saindo o “Burgo” e entrando o “Grado”. Dessa forma, o nome foi modificado de São Petersburgo para Petrogrado.

**Após a vitória comunista, diversas cidades russas tiveram seus nomes modificados de forma a homenagear seus novos líderes. Petrogrado passara em 1924 a ser Leningrado, em homenagem a Lênin, um dos grandes revolucionários.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Arquitetura - UFAL 2010


Quando criança sempre gostei de prédios. Na televisão via os enormes edifícios das grandes cidades e morria de curiosidade para entender como cada um deles ficava de pé. As torres das igrejas sempre me fascinavam por sua altura e eu, vez ou outra, tentava reproduzi-las com papel.


Eu nunca consegui entender o que me motivava a gostar dessas coisas, mas mesmo assim sempre buscava informações. Sabia qual o maior prédio do mundo, a maior igreja, a maior cidade, a maior represa, etc. Buscava cada vez mais me inteirar dos assuntos relativos a prédios, casas e palácios. Infelizmente, durante minha infância, a internet ainda engatinhava. 


Eu não tinha acesso a tantas informações como as que temos hoje, mas sempre buscava alguma nota, algum trecho de texto, em revistas ou livros.


Acho que essa paixão pelos edifícios foi o que fez com que me apaixonasse também pela história. A história dos lugares, das pessoas, das construções.


Certo dia, fomos todos, eu e meus irmãos, à feira com nossos pais. Quando passamos por uma loja, vi um brinquedo que me deixou louco. Chamava-se “meu pequeno arquiteto”. Tinha um monte de pecinhas de madeira para montar um castelo da maneira que o dono quisesse. Nossa... Eu fiquei tão louco por esse brinquedo, mas como era criança, não podia comprar. Fui “morrendo de vergonha” até o meu pai e pedi dinheiro para comprá-lo. Devia custar uns 5R$, mas para mim, esse valor era uma fortuna, pois tinha uns sete anos apenas. Felizmente ganhei o dinheiro e o brinquedo. Ele foi meu preferido por anos.


Acho que devo ter decidido ainda quando criança que queria ser arquiteto. Mas as influências dentro da família me levavam a pensar o contrário. Afinal, como ganharia dinheiro com esse trabalho? Eu não sabia como, e me levavam a crer que não seria possível viver trabalhando com isso.


Mesmo assim passei a fazer maquetes. Fazia casas e prédios para brincar com os carrinhos que tinha e várias vezes fiz cidades diferentes. Eu aperfeiçoava a técnica cada vez que mexia com isso e brincar de “construir” cidades sempre foi meu passatempo preferido.


O tempo passou, eu cresci, e o curso que escolhi foi Pedagogia. Fiz na minha cidade mesmo, perto da minha família. Foi um curso sensacional. Abriu meus horizontes e me fez entender o mundo.


Agora, formado em Pedagogia, vou atrás do meu sonho. Estou muito feliz, pois a Arquitetura finalmente chegou até mim. Fui aprovado na UFAL esse ano. Já pulei, gritei, me assustei com medo do novo. Preciso ir embora da minha cidade. Preciso voar sozinho por aí. Mas me sinto como um pássaro que sai da gaiola. Nunca estive tão feliz!!


Com esse texto, espero ter compartilhado com vocês o sentimento que estou experimentando com tanto prazer.


Grande abraço!!

-- Thiago Amorim

Janeiro - O que significa?

Eu sempre tive curiosidade a respeito dos nomes dos meses. Afinal, o que significa Janeiro, fevereiro, julho? Por isso resolvi pesquisar e irei pôr uma notinha todo mês durante esse ano, explicando o significado do nome de cada um deles.


O primeiro, lógico, é Janeiro. Seu nome, deriva do antigo Deus romano “Janus” ou “Jano”, que representava os inícios e os fins. A entidade era vista como um ser de duas faces, uma olhando para frente, o futuro, e a outra olhando para trás, o passado. O primeiro mês do ano tem essa característica, encerrando um ciclo e iniciando outro. 


Seu nome esteve presente no calendário anterior ao Juliano, mas nesse caso era o décimo primeiro entre os meses. Com as alterações instituídas por Júlio César, passou para o início do ano, e assim permaneceu até mesmo após as alterações que criaram o calendário Gregoriano no século XVI.

-- Thiago Amorim