Quando criança sempre gostei de prédios. Na televisão via os enormes edifícios das grandes cidades e morria de curiosidade para entender como cada um deles ficava de pé. As torres das igrejas sempre me fascinavam por sua altura e eu, vez ou outra, tentava reproduzi-las com papel.
Eu nunca consegui entender o que me motivava a gostar dessas coisas, mas mesmo assim sempre buscava informações. Sabia qual o maior prédio do mundo, a maior igreja, a maior cidade, a maior represa, etc. Buscava cada vez mais me inteirar dos assuntos relativos a prédios, casas e palácios. Infelizmente, durante minha infância, a internet ainda engatinhava.
Eu não tinha acesso a tantas informações como as que temos hoje, mas sempre buscava alguma nota, algum trecho de texto, em revistas ou livros.
Acho que essa paixão pelos edifícios foi o que fez com que me apaixonasse também pela história. A história dos lugares, das pessoas, das construções.
Certo dia, fomos todos, eu e meus irmãos, à feira com nossos pais. Quando passamos por uma loja, vi um brinquedo que me deixou louco. Chamava-se “meu pequeno arquiteto”. Tinha um monte de pecinhas de madeira para montar um castelo da maneira que o dono quisesse. Nossa... Eu fiquei tão louco por esse brinquedo, mas como era criança, não podia comprar. Fui “morrendo de vergonha” até o meu pai e pedi dinheiro para comprá-lo. Devia custar uns 5R$, mas para mim, esse valor era uma fortuna, pois tinha uns sete anos apenas. Felizmente ganhei o dinheiro e o brinquedo. Ele foi meu preferido por anos.
Acho que devo ter decidido ainda quando criança que queria ser arquiteto. Mas as influências dentro da família me levavam a pensar o contrário. Afinal, como ganharia dinheiro com esse trabalho? Eu não sabia como, e me levavam a crer que não seria possível viver trabalhando com isso.
Mesmo assim passei a fazer maquetes. Fazia casas e prédios para brincar com os carrinhos que tinha e várias vezes fiz cidades diferentes. Eu aperfeiçoava a técnica cada vez que mexia com isso e brincar de “construir” cidades sempre foi meu passatempo preferido.
O tempo passou, eu cresci, e o curso que escolhi foi Pedagogia. Fiz na minha cidade mesmo, perto da minha família. Foi um curso sensacional. Abriu meus horizontes e me fez entender o mundo.
Agora, formado em Pedagogia, vou atrás do meu sonho. Estou muito feliz, pois a Arquitetura finalmente chegou até mim. Fui aprovado na UFAL esse ano. Já pulei, gritei, me assustei com medo do novo. Preciso ir embora da minha cidade. Preciso voar sozinho por aí. Mas me sinto como um pássaro que sai da gaiola. Nunca estive tão feliz!!
Com esse texto, espero ter compartilhado com vocês o sentimento que estou experimentando com tanto prazer.
Grande abraço!!
-- Thiago Amorim
3 comentários:
Meu amado que bom que vc passou, fico muito feliz por vc.
Eu acopanhei suas construçoes de maquetes e acretem!!!!!!!!!! Eu conheço pessoalmete essa maquete que aí aparece!!
bjos
Te amo!!!!!!!!!
Só não vou ficar triste de você ir embora porque vai ficar pertinho de mim!!!
Obaaaaaaaaaa!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Beijão
Thiago de França Amorin!!!
A melhor notícia que recebi...
Meu velho amigo, saiba que fico muito feliz por vc, pois eu era um dos que ficavam (e fico até hoje) me perguntando por que vc não cursou arquitetura.
Quero saber de tudo. Se vc vem pra Maceió e tudo mais.
Olhe meu querido tudo de bom nessa nova etapa, que Deus te abençõe muito!
Somos pássaros Thiago...
Nascemos para VOAR!
Um abraço meu velho amigo.
"Amigo velho é parente!"
Zé Marques
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