terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pearl Harbor




No dia 7 de dezembro de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses lançaram um ataque surpresa (nem tão surpresa assim) a base militar norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, oceano pacífico, causando a morte aproximada de 2.500 oficiais do exército. Um dia depois, os estadunidenses entravam na guerra contra o Japão e as potências do Eixo.


Esse evento, aliado a famosa e desastrosa operação Barbarossa de Hitler, traria terríveis conseqüências para os grandes planos do Füher de dominar o mundo e transformar a Alemanha em uma potência mundial, já que era aliado do Japão.


As tensões que levaram ao ataque e posterior declaração de guerra derivam dos interesses, tanto norte-americanos, quanto japoneses, de manter uma área de influência ampla sobre o pacífico. Por causa dessas ambições, os japoneses invadiram ou atacaram diversas colônias britânicas, países aliados e territórios sob raio de controle norte-americano.


Eles estavam convencidos de que não seriam derrotados, pois o Imperador e o povo Japonês nunca haviam perdido uma guerra sequer durante toda a sua história. A China e até mesmo a poderosa Rússia já haviam sido vencidas em guerras anteriores, o que deixava os nipônicos muito confiantes no triunfo. Acreditavam que com os EUA na guerra teriam a chance de derrotá-los e ficar com todo o seu comércio marítimo no Oceano Pacífico.


A história mostrou que os japoneses estavam errados. Quatro anos depois, eram eles quem se rendiam incondicionalmente, tendo sido o primeiro país (e até hoje único) a sofrer ataques nucleares durante uma guerra. Os EUA saíam como os grandes vitoriosos, ofuscando até mesmo o brilho e importância soviéticas no conflito.


-- Thiago Amorim

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Papisa Joana


Como dito em post anterior, a história da Igreja Católica sempre foi cheia de escândalos, milagres e mentiras. Como não poderia deixar de ser diferente, o relato sobre a possível existência de uma Papisa no trono de São Pedro é recheada de controvérsias. Reza a lenda que por volta do século IX uma mulher ocupou o tão almejado posto de dirigente da “Santa Sé” por cerca de três anos. Existem várias versões sobre a existência da Papisa, todas pouco documentadas.


Uma das narrativas, conta que Joana nasceu em Constantinopla, fugiu de lá e chegou a Roma disfarçada de monge. Ela era muito astuta e inteligente, ganhando por isso notoriedade e se tornando cardeal em pouco tempo. Com a morte de Leão IV, foi eleita como o novo Papa, João VIII. Ainda nessa versão ela teria engravidado de um Guarda Suíço e tido um filho (o grande furo desse relato é que a Guarda Suíça só tornou-se oficialmente a guarda do Vaticano no século XVI, a pedido do papa Júlio II, o que torna o possível caso entre a papisa e o guarda difícil de ter ocorrido).


Outra versão sugere que Joana nasceu na Alemanha, sendo filha de Ingleses. Seria muito inteligente e, disfarçando-se de homem tornou-se sacerdote. Em Roma ficou conhecida como João, o inglês. Com a morte de Leão IV, foi eleita unanimemente pelo colégio de cardeais como o novo Papa, João VIII. Ela teria engravidado de um padre, pelo qual havia se apaixonado, e dado a luz durante uma procissão nas ruas de Roma. O povo horrorizado a teria apedrejado até a morte.


Ainda em outro relato, ela teria morrido não por ter sido assassinada pela multidão, mas pelas complicações do parto. Nessa versão, os cardeais que a acompanhavam gritavam e bradavam aos céus as palavras: “milagre, milagre”.


O fato é que a narrativa rodou o mundo, e durante o grande cisma do Ocidente foi utilizada pelos protestantes contra a Igreja. Esta última, nega a existência da Papisa desde o século XVI, e empurrou a lenda para baixo do “tapete da história” como forma de se defender de tais relatos.


Tendo existido, ou não, o fato é que a Papisa chamou a atenção de muitas pessoas durante séculos na Europa e foi tema de alguns romances de ficção. Se o trono de São Pedro foi ocupado por uma mulher, é impossível dizer com certeza, mas que tem coisa mal contada nessa história tem.


Grande abraço a todos!


-- Thiago Amorim

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mais uma dica da semana: Livro


Uma breve história do mundo


Começando com a quase inútil presença humana na Terra, o autor de “Uma breve história do mundo” mostra de forma bem clara e acessível como o homem transformou o planeta e a si mesmo com o passar dos milênios. A invenção do fogo e da roda, o despertar da agricultura e pecuária, os grandes impérios e as inovações tecnológicas que sacudiram o mundo estão presentes nessa obra admirável.


O livro é sucesso de vendas em diversas partes do mundo, com exemplares esgotados rapidamente. A forma como está articulada é um fator positivo explorado pelo autor, que trata dos temas em separado e ao mesmo tempo misturados. É no fim uma “salada” maravilhosa de fatos e eventos.


A linguagem simples facilita a compreensão dos episódios históricos e consegue prender a atenção até mesmo daqueles que não gostam do tema. A escalada do poder humano e suas formas de dominar a natureza estão muito bem esquematizadas de forma a fascinar o leitor.


Geoffrey Blainey traz uma deslumbrante viagem aos primórdios da história humana, e nos fascina com a caminhada do homo sapiens rumo ao século XXI.

Dica da semana: Filme



A mulher invisível

Quando ouvi falar desse filme me disseram que se tratava de uma porcaria. E me disseram assim mesmo: “porcaria”. Por causa da crítica feita pelo amigo, eu nunca havia visto a película. Contudo, ontem minha irmã chegou a nossa casa e chamou para ver o filme durante o almoço. Eu fiquei receoso em ver, mas assisti junto a ela. E aí foi que pensei: “Nossa!!! Que injustiça com o filme”.

Dei boas gargalhadas do início ao fim. É um filme para ver com amigos, para se divertir mesmo. Conta a história de um rapaz que é abandonado pela esposa e se desespera. Após algum tempo na depressão, cria a “mulher ideal” e passa a acreditar que ela existe de fato. Aí acontecem situações hilárias por causa da “invisibilidade” da moça.

Na história a mulher do apartamento ao lado é apaixonada por ele, e é de fato a mulher ideal que ele procura. O problema é que o cara está tão centrado em relação à “mulher invisível” que não percebe a existência da “mulher real” que o ama. Tem cenas muito engraçadas relativas a isso também. O final é lindo, mas não vou contar aqui, claro!

Destaque para a Fernanda Torres, a Vani de “Os normais”, hilária como sempre. A participação dela é curta, mas imprescindível para as gargalhadas nas cenas finais do filme.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Novembro de 1942: O começo do fim de Hitler

A máquina de guerra Alemã funcionava a todo vapor desde 1937 (durante a guerra civil espanhola) e 1939, data do estopim da Segunda Guerra Mundial. Confiante nos seus exércitos e convencido pelas inúmeras vitórias que havia conquistado durante todo o conflito, Hitler mudou o rumo da guerra em direção a União Soviética, em 1941, na conhecida “Operação Barbarossa”.

O plano dessa operação era o de conquistar a União Soviética e obter seus recursos naturais, para assim continuar a guerra. No primeiro ano de batalha, os alemães se deram bem e chegavam a adentrar 60 km por dia no território soviético. Cercaram Leningrado (São Petersburgo) e se aproximaram perigosamente de Moscow. Milhões de pessoas foram feitas prisioneiras ou assassinadas.


Rumando em direção ao Cáucaso, onde obteria grande quantidade de petróleo e cereais, Hitler repentinamente mudou de ideia. Desejava conquistar Stalingrado (atual Volgogrado) a todo custo, e assim humilhar Stalin perante seu povo, além de tomar uma parte estratégica da distribuição de mantimentos soviéticos. Para isso, o poderoso 6º exército foi enviado rumo à cidade com um contingente de 300.000 homens. Esperavam tomar Stalingrado rapidamente, como vinham fazendo com outras cidades européias, mas estavam enganados. A resistência nessa cidade causou a mais sangrenta das batalhas em toda a história, onde cerca de 2 milhões de pessoas foram mortas.


Em novembro de 1942 a estratégia alemã falhou perante os recursos praticamente ilimitados dos soviéticos e o rigoroso inverno russo. Os primeiros se viram enclausurados na cidade, sem recursos bélicos, combustível ou alimentos suficientes. No dia 2 de fevereiro de 1943 os alemães, em Stalingrado, se rendiam. Novembro havia marcado o começo do fim de Hitler.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Novembro, mês da revolução de outubro na Rússia!!

A Revolução Russa foi um conflito que assustou a Europa no início do século XX. As potências da época eram compostas por reinos, impérios e repúblicas que temiam a influência Marxista em seus países, e por isso repudiaram o novo estado que surgia com o fim da Rússia imperial e do Czarismo.


Erguida devido a uma série de derrotas do estado russo nas guerras, uma dura autocracia, e uma estrutura econômica precária, que deixava grande parte da população na miséria (a Rússia da época lembrava muito o sistema feudal), a revolução arrastou multidões e matou milhões de pessoas.


A guerra civil que se seguiu ao estopim da revolução, durou até o ano de 1921 e despojou a nobreza russa de seus bens, e de seus lideres. Fortunas gigantescas foram confiscadas e palácios e igrejas se transformaram em sedes de órgãos públicos, hospitais, escolas ou museus.


A família real e grande parte dos parentes do Czar foram assassinadas, com o intuito de extinguir a linhagem de sucessão ao trono russo. Os corpos da família de Nicolau II, o último Czar da Rússia (Miguel II, seu irmão, assumiu o trono com a abdicação de Nicolau, mas permaneceu por muito pouco tempo e não trouxe qualquer mudança na situação dos nobres, da revolução ou do czarismo), ficaram desaparecidos por muito tempo.


O sumiço dos corpos e o depoimento de alguns dos soldados que se encontravam na casa Ipatiev no dia do assassinato, gerou a lenda de que Anastácia, uma das filhas do Czar, teria sobrevivido ao massacre da família em Ekaterinenburg, lenda essa que perdurou por todo o século XX, mas foi desmistificada com o encontro dos corpos no fim dos anos 1990 e mais recentemente nos anos 2000.


Uma curiosidade sobre a revolução e sua comemoração na Rússia: Apesar de ser chamada revolução de outubro, ela aconteceu em novembro devido ao calendário russo utilizado na época ainda ser o “Juliano” e, portanto, diferente do calendário “gregoriano”, ocidental. 


-- Thiago Amorim

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dica da semana: Filme

Na sexta-feira estava meio "Piongo" e resolvi ver quais os filmes que passavam no HBO.
Para minha surpresa estava passando um musical, Hairspray, e fiquei um pouco desinteressado, afinal, Musicais nunca foram o meu forte no "quesito" filmes.
A película começava com a correria de Tracy e sua amiga Penny a fim de chegar a tempo em casa e ver um programa de TV de Baltimore, sua cidade natal.
Esse programa mostrava jovens da região dançando e tinha grande audiência por lá.
O sonho de Tracy era o de participar do programa, mas por ser gordinha e baixinha todos apostavam na sua incapacidade. Na verdade a menina era uma grande cantora e dançarina, e quando uma das garotas do programa foi afastada por estar grávida, um concurso foi aberto possibilitando que Tracy corresse atrás do seu sonho. É bem óbvio que ela conseguiu. Hehe.
A história se passa nos anos 60 e por isso "no pano de fundo" do filme há o tema racismo. Para quem não sabe, nessa época havia grande segregação e preconceito contra os negros nos EUA (isso não parece ter mudado muito). O programa de TV que passa no filme tem até mesmo um dia no mês apenas para os negros.
Destaque para John Travolta no papel da mãe de Tracy, ficou realmente hilário.
Na verdade a versão que assisti é a de 2007. Há uma versão de 1988 que pretendo ver também assim que possível.
No fim, a história que não teria me interessado por ser um musical, acabou me prendendo o tempo todo e eu ficava louco para dançar (nunca senti isso antes, kkk).
Um filme muito divertido.
Mais um para ver e rever.
Grande abraço!! 

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dica da semana: Livro

Basílica de São Pedro: Esplendor e escândalo na construção da catedral do vaticano
R. A. Scotti

A história da Igreja Católica sempre foi recheada de escândalos, milagres e contos fabulosos.
A construção da Basílica de São Pedro talvez seja o episódio mais controvertido e marcante nos 1.700 anos dessa igreja como instituição.


A Basílica original, erigida por Constantino, o Grande, no século IV foi uma magnífica estrutura dedicada ao apóstolo Pedro (que segundo a tradição católica é o primeiro Papa). Porém, mil anos depois, estava resumida a um monte de entulho e seriamente danificada pela ação do tempo.


A ideia lançada na época era a reestruturação e reforma do templo, projeto que foi abortado pelo Papa Júlio II. 


O papa aliado ao arquiteto Bramante concebeu o modelo de uma estrutura em forma de cruz grega, que deveria ser adornada por uma gigantesca cúpula e abrigar uma enorme quantidade de fiéis.  Os trabalhos se iniciaram em 1506. Cerca de 120 anos depois, e após diversas alterações no projeto original, o corpo do prédio estaria pronto, mas ainda necessitaria de cerca de um século para ser completamente adornado.


Participaram dessa construção famosos artistas do Renascimento Italiano, como Rafael e Michelangelo, e o grande artista do Barroco, Bernini.


A venda de indulgências foi incentivada no período para a captação de recursos, o que em parte gerou o cisma do ocidente e a reforma protestante.

R.A. Scotti faz uma ótima narrativa, cheia de surpresas e detalhes interessantes. No livro temos também ilustrações da construção, com fotos das diversas personagens que participaram da gigantesca empreitada. Também é disponibilizado um pouco da biografia de cada artista ou Papa envolvido no seu período específico.


O relato é muito bem escrito, fazendo com que as vezes tenhamos a impressão de que participamos de tudo, e nos afeiçoamos a um Papa ou outro (confesso que o meu favorito é Sisto V). Me peguei diversas vezes desesperado com fatos históricos surpreendentes, como o saque de Roma em 1527.

Um livro simplesmente fascinante.

sábado, 17 de outubro de 2009

O Pouso

O pouso foi estranho. Diante da nave jazia o que um dia foi uma gigantesca metrópole vívida e cosmopolita. Eles não conseguiam entender o que havia acontecido. Boa parte da região havia sido engolida pelo mar e a pouca distância notavam-se inúmeros arranha-céus rodeados por água, como ilhas, porém abandonados. Haviam parado sobre uma enorme estrutura de aço que devia ter desabado alguns anos antes, mas ainda mantinha muitas das suas características de antes da queda.
            Resolveram caminhar um pouco, mas estranharam a pouca luz do sol e a espécie de neblina avermelhada que tomava conta de tudo. O clima era sombrio e bem diferente. Pensaram que fosse algum tipo de catástrofe natural ou algo parecido, mas estavam confusos, já que não conseguiam avistar um ser vivo sequer. Era estranho. Sem humanos, poderia haver outra forma de vida dominante ali, ou ao menos qualquer outro animal em busca de abrigo ou comida.
            Cada vez mais contrariados e havendo percorrido grandes distâncias, não conseguiam compreender o que poderia ter acontecido. Sempre encontravam desolação e poucas formas de vida. Formas de vida, essas, bem diferentes do que acreditavam puder encontrar.
            A noite chegava, toda a região estava bem mais escura, por isso resolveram voltar até a nave e esperar pelo dia seguinte, onde com mais luz, poderiam analisar melhor o ambiente.
            Needle foi o último a recolher-se, e enquanto dirigia-se para o veículo encontrou um objeto no chão entre entulhos que estavam próximos da estrutura desolada, por sobre onde pousaram. Viu que se tratava de papel e continha algumas informações na língua da região. Resolveu levar para dentro da sua cápsula e tentar traduzir o dialeto contido ali.
            Ao entrar, dirigiu-se ao seu aposento e posteriormente juntou-se aos outros cinco que haviam vindo com ele onde começaram a dialogar sobre o que poderia ter acontecido com aquele lugar. Há cinco dias viajavam e até agora só haviam encontrado cidades fantasmas e desoladas.
Quando partiram, pretendiam encontrar grande quantidade de vida e muita prosperidade, mas parecia que a vida na região evaporara, em alguns lugares era o que de fato devia ter ocorrido, devido à forma com que as coisas estavam calcinadas e reviradas.
Needle então compartilhou a sua descoberta, o texto no papel encontrado no chão, e resolveram utilizar o tradutor universal para decodificar o que quer que fosse aquilo. Incluíram a sequência de palavras que haviam encontrado durante todo o trajeto e assim o computador pode ler de forma mais rápida a estranha e complexa língua encontrada por eles ali.
Após esperarem cerca de três minutos, com grande apreensão, descobriram o que era cada uma daquelas palavras e assustaram-se. Jamais podiam ter imaginado que destino sombrio a raça humana havia tomado e por motivos tão fúteis.
O texto encontrado por Needle era um jornal que incrivelmente havia permanecido intacto diante de toda a devastação encontrada.
A tradução dizia:

Dia 15/09/2048
Hoje as medidas tomadas por nosso governo serão mais severas em toda a América Latina. Diferentemente do que aconteceu a Paris e Nova York na semana passada, e também a São Petersburgo há 30 dias, novas medidas de segurança serão tomadas para que o número de mortes seja maior. Os crimes cometidos por esse povo que antigamente conhecíamos como latinos devem ser punidos com afinco e certamente ganharemos a guerra contra a miscigenação das raças. Apenas medidas severas de controle e erradicação desse povo degenerado poderão garantir que, nós do norte, consigamos nos livrar do incômodo trazido por essas pessoas que, certamente, não deveriam ser considerados como parte da raça humana.
O front de guerra na China, onde outra raça terrível existe, só terá força quando acabarmos com esse povo que traz incômodos em nossas fronteiras, e o esforço será maior na frente chinesa quando tivermos erradicado o povo latino. América e Europa triunfarão!
            Trecho retirado do Discurso recente do Presidente dos EUA

       Needle e seus amigos descobriram o que havia acontecido com a Terra. Ligaram os fatos e os artefatos encontrados durante a visita e finalmente entenderam porque não havia ninguém para recepcioná-los onde quer que fosse. Perceberam que o povo dali não era pacífico como dizia nas cápsulas enviadas como forma de boas vindas ao povo do espaço. A intolerância em proporções colossais gerou uma guerra entre raças dentro de apenas uma, a raça humana. Isso destruiu completamente a vida no planeta. As cidades agora eram enormes lixeiros a céu aberto e a neblina vermelha explicava-se pela utilização em grande escala dos artefatos nucleares.
Os seis visitantes que haviam pousado no nosso planeta foram embora satisfeitos. Sua civilização certamente não gostaria de ter conhecido a raça humana, raça essa que erradicou a si mesma pelo motivo mais fútil entre todos: o ódio pela diferença. Os homens não haviam entendido que ao machucar os outros, machucavam a si mesmos.


-- Thiago Amorim

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Vicky Cristina Barcelona"



Assisti um filme incrível hoje!


Chama-se "Vicky Cristina Barcelona".


Na verdade não é nenhum lançamento e eu já havia comprado há alguns dias, mas não tinha tido a oportunidade de assisti-lo. Na loja, durante a tarde, aproveitei o tempo "calmo" do comércio para vê-lo.


É incrível como os filmes mexem comigo... Nesse caso, com os meus sentimentos e valores.


A película, dizem, é comédia, mas para mim foi muito mais que isso. É um filme sobre a vida, faz a gente pensar um bocado.


A história é simples: Duas amigas americanas, Vicky e Cristina, vão passar uma temporada em Barcelona para conhecer o lugar e buscar inspiração para as suas vidas e trabalhos. As duas são completamente opostas. Enquanto uma é liberal e permite-se experiências novas, a outra é reservada e está de casamento marcado.


Muitos passeios, belas cenas de Barcelona e das obras de Gaudí, até que Vicky e Cristina se envolvem com um artista que encontram durante uma festa em uma galeria de arte.
O charmoso artista as convida para conhecer uma cidade chamada "Oviedo" e "fazer amor"... 
Apesar da relutância de Vicky, as amigas aceitam o convite e o que vem a seguir é uma série de confusões e frustrações amorosas deliciosas. 


É um filme para ver sozinho. Os valores morais são mexidos, é bom pensar sobre isso sem se contaminar com opiniões alheias. Depois sim, veja-o com amigos.


"Vicky Cristina Barcelona" é um filme para pensar sobre a vida e sobre como podemos manter a monotonia nas relações pessoais ou transformá-las em algo muito mais saboroso.


Essa é a dica da semana.


Um filme para ver e rever...