domingo, 6 de junho de 2010

O dia D




Os russos, com sua implacável máquina de guerra, obtinham vitórias gigantescas na frente leste e marchavam inexoravelmente rumo a capital alemã. O Terceiro Reich tinha muito pouco a fazer a respeito disso. Em breve, o conflito, que se arrastava desde 1939, teria seu prazo de validade vencido também na frente ocidental.

No dia 06 de junho de 1944, exatamente há 66 anos, uma reviravolta surpreendente na guerra faria os alemães perderem a pose e entregar-se aos aliados. As potências ocidentais, em especial os EUA, a Grã-Bretanha e os refugiados franceses, preparavam um ataque de proporções nunca antes visto na história. O episódio ficaria conhecido como o “Dia D”, levando até as praias da Normandia um contingente gigantesco de soldados, aviões, navios e tanques de guerra.

A partir dessa data, os países europeus no lado ocidental do continente, começariam a ser liberados do julgo nazista. De Gaule, o General francês, marcharia sobre o estado fantoche de Vichy (criado após a capitulação francesa em 1940) e libertaria completamente a França. Paris seria libertada em agosto de 1944. Em seguida seriam libertadas, a Bélgica e os Países Baixos (Holanda), levando a máquina aliada diretamente para a Alemanha, aonde com a chegada dos soviéticos a Berlim, viria a conclusão da guerra em 1945.

Apesar de ter garantido a queda definitiva de Hitler (que estando em situação periclitante precisou lutar em duas frentes mais uma vez) e ser lembrado como o maior evento da Segunda Guerra Mundial, a verdade é que o conflito já estava vencido pelos aliados desde a Batalha de Stalingrado, na URSS, em 1942-1943. Era apenas uma questão de tempo e a Alemanha capitularia. O maior legado, contudo, é ter freado o avanço do comunismo pelo continente Europeu, antecipando o evento que mais tarde ficaria conhecido como Guerra Fria.

-- Thiago Amorim

Para saber mais:

História das guerras – Demétrio Magnoli

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