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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dica da semana: Livro

Basílica de São Pedro: Esplendor e escândalo na construção da catedral do vaticano
R. A. Scotti

A história da Igreja Católica sempre foi recheada de escândalos, milagres e contos fabulosos.
A construção da Basílica de São Pedro talvez seja o episódio mais controvertido e marcante nos 1.700 anos dessa igreja como instituição.


A Basílica original, erigida por Constantino, o Grande, no século IV foi uma magnífica estrutura dedicada ao apóstolo Pedro (que segundo a tradição católica é o primeiro Papa). Porém, mil anos depois, estava resumida a um monte de entulho e seriamente danificada pela ação do tempo.


A ideia lançada na época era a reestruturação e reforma do templo, projeto que foi abortado pelo Papa Júlio II. 


O papa aliado ao arquiteto Bramante concebeu o modelo de uma estrutura em forma de cruz grega, que deveria ser adornada por uma gigantesca cúpula e abrigar uma enorme quantidade de fiéis.  Os trabalhos se iniciaram em 1506. Cerca de 120 anos depois, e após diversas alterações no projeto original, o corpo do prédio estaria pronto, mas ainda necessitaria de cerca de um século para ser completamente adornado.


Participaram dessa construção famosos artistas do Renascimento Italiano, como Rafael e Michelangelo, e o grande artista do Barroco, Bernini.


A venda de indulgências foi incentivada no período para a captação de recursos, o que em parte gerou o cisma do ocidente e a reforma protestante.

R.A. Scotti faz uma ótima narrativa, cheia de surpresas e detalhes interessantes. No livro temos também ilustrações da construção, com fotos das diversas personagens que participaram da gigantesca empreitada. Também é disponibilizado um pouco da biografia de cada artista ou Papa envolvido no seu período específico.


O relato é muito bem escrito, fazendo com que as vezes tenhamos a impressão de que participamos de tudo, e nos afeiçoamos a um Papa ou outro (confesso que o meu favorito é Sisto V). Me peguei diversas vezes desesperado com fatos históricos surpreendentes, como o saque de Roma em 1527.

Um livro simplesmente fascinante.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Vicky Cristina Barcelona"



Assisti um filme incrível hoje!


Chama-se "Vicky Cristina Barcelona".


Na verdade não é nenhum lançamento e eu já havia comprado há alguns dias, mas não tinha tido a oportunidade de assisti-lo. Na loja, durante a tarde, aproveitei o tempo "calmo" do comércio para vê-lo.


É incrível como os filmes mexem comigo... Nesse caso, com os meus sentimentos e valores.


A película, dizem, é comédia, mas para mim foi muito mais que isso. É um filme sobre a vida, faz a gente pensar um bocado.


A história é simples: Duas amigas americanas, Vicky e Cristina, vão passar uma temporada em Barcelona para conhecer o lugar e buscar inspiração para as suas vidas e trabalhos. As duas são completamente opostas. Enquanto uma é liberal e permite-se experiências novas, a outra é reservada e está de casamento marcado.


Muitos passeios, belas cenas de Barcelona e das obras de Gaudí, até que Vicky e Cristina se envolvem com um artista que encontram durante uma festa em uma galeria de arte.
O charmoso artista as convida para conhecer uma cidade chamada "Oviedo" e "fazer amor"... 
Apesar da relutância de Vicky, as amigas aceitam o convite e o que vem a seguir é uma série de confusões e frustrações amorosas deliciosas. 


É um filme para ver sozinho. Os valores morais são mexidos, é bom pensar sobre isso sem se contaminar com opiniões alheias. Depois sim, veja-o com amigos.


"Vicky Cristina Barcelona" é um filme para pensar sobre a vida e sobre como podemos manter a monotonia nas relações pessoais ou transformá-las em algo muito mais saboroso.


Essa é a dica da semana.


Um filme para ver e rever...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Santiago

A dica hoje é de um filme.


Assisti esse filme na casa do Lamenha há algumas semanas atrás e fiquei realmente fascinado por ele.
A maneira como a história é contada, a profundidade dos sentimentos e vontades do protagonista. 
Tudo isso me encantou de uma forma surpreendente.


O filme do João Moreira Salles é um documentário sobre a vida de Santiago, um mordomo da casa de seus pais durante muitos anos. A história se passa no apartamento de Santiago, que já estava aposentado quando as imagens foram gravadas, e é composto por uma longa entrevista com o mordomo. Também há um narrador que conta fatos curiosos sobre as manias do entrevistado e fatos da infância do Salles.


Santiago é uma pessoa solitária, já que mora sozinho há muitos anos, e adora escrever. Tem uma coleção de escritos sobre as famílias reais de centenas de países e até mesmo de tribos extintas há muitos anos. Fala diversas línguas e adora dançar com as mãos (ele inclusive mostra a dança durante o filme). Apesar de ser muito culto, é alguém fascinante e muito doce.
Também tem manias engraçadas como a de por diversas vezes terminar a frase ou o pensamento com "etc, etc." em um "portunhol" muito bonito.


O Salles está de parabéns pela película, mas o que faz com Santiago durante as filmagens me deixou chocado. Ele é muito grosso com o mordomo e por diversas vezes chama a atenção dele como se estivesse lidando com uma criança. 


Confesso que chorei ao ver esse filme. Me emocionou profundamente.
O filme imortaliza Santiago. 

Ele se foi, mas ficará aqui para sempre...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um começo!!


Bem... Resolvi finalmente iniciar o blog!!
Isso é uma grande conquista, pois criei a conta há mais de um ano e nunca postei qualquer coisa que seja.
Resolvi então começar com uma dica de livro (faço isso porque adoro ler):

O livro da semana é "O mundo sem nós" do jornalista Alan Weisman.

A obra relata a história de como o nosso planeta ficaria caso a interferência humana desaparecesse da natureza repentinamente, uma espécie de erradicação total, sumiço mesmo. 


Fazendo um esquema repleto de "flashbacks" no texto, onde podemos retroceder na história e analisar o passado da Terra e compará-lo com o presente e o futuro, o relato torna-se cada vez mais interessante.


Com uma leitura de fácil compreensão, rapidamente somos envolvidos na narrativa e temos a impressão de que estamos realmente dentro de um mundo vazio, percebendo a insignificância humana diante do poder da natureza. Um exemplo? Sem humanos para limpar e organizar as cidades, em trinta anos elas estariam completamente inabitáveis.

Opinião pessoal? Nota dez para o livro que me conquistou do início ao fim, deixando aquela gostosa sensação de "quero mais" no final.
Grande abraço e boa semana para todos!