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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Game Of Thrones - Fim da sexta temporada

A explosão do Septo de Baelor foi a grande cena do fim da temporada!
chegamos ao final de mais uma temporada de Game Of Thrones. Eu nunca falei sobre a série aqui no blog, mas sou super fã dos livros e da versão da HBO para a TV. Como ando postando muito pouco por aqui nos últimos anos, resolvi ressuscitar o blog com uma análise do último episódio da sexta temporada. Espero manter uma frequência mais assídua de postagens a partir de agora também. 

Então vamos lá! Aliás, antes de começarmos, aviso que aqui vai ter muitos SPOILERS. Se você não acompanha a série ou não quer saber de nada por não ter visto todos os episódios ainda, pare por aqui!

O décimo episódio da sexta temporada foi simplesmente perfeito! Muito triste pelos Tyrell... Mas eu bem que desconfiava que a Margaery ia se dar mal e a Cersei se livrar de tudo de maneira pirotécnica. Interessante a serenidade de Olenna Tyrell diante dos fatos. Atriz fantástica e personagem mais incrível ainda. Outro ponto maravilhoso desse episódio foi a trilha sonora... O som "crescente" que vai do começo, com a chegada das pessoas para o julgamento, até a explosão, criou o clima perfeito para a cena de destruição do Septo!
Sobre a situação no norte os trailers conseguiram enganar a todos, com uma possível "rainha do norte" na pessoa da Sansa. Ela abriu caminho para o Jon sem pestanejar e acabou com os planos do Mindinho de conquistar o trono com o Vale e o Norte. Foi legal o lance da "Torre da Alegria" confirmar Jon como filho da Lyanna e do Rhaegar, até porque ninguém aguentava mais esperar por isso. Rsrs. 
Em Dorne todo mundo já sabia que o Varys ia firmar um acordo para a chegada da Dany, a surpresa foi envolver os Tyrell mesmo.
Sam finalmente chegou a VilaVelha. Que cenário lindo, meu Deus! Os produtores se superam a cada episódio. O lance da Arya nas gêmeas não me deixou feliz. Eu preferia uma morte mais terrível para toda a família Frey, e não só para os três mortos. Mesmo assim fiquei feliz do velho Walder ter jantado a carne dos filhos e ter morrido com a garganta cortada, exatamente como a Catelyn (minha personagem preferida da série) morreu.
E Daenerys, bem, ela sempre resolve tudo, sempre vence, mas a cena dos navios rumo a Westeros (dessa vez realmente indo para Westeros) foi magnífica, embora meio repetitiva, mostrando a força da frota que vai levar problemas para os Lannisters. Esses últimos, por sinal, estão fritos. Só sobraram as Terras Ocidentais e as Terras da Coroa ao lado deles. Cersei não terá um reinado longo, perderá tudo em breve.
Agora é aguardar mais um ano.
Sofrendo desde já! Rsrs
E é isso. Espero aparecer por aqui com mais frequência. Grande abraço!
;)


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Metrópolis e as correntes urbanísticas dos séculos XIX e XX

Em um mundo futuro (ou na visão do que seria o futuro no distante ano de 1927) uma sociedade é marcada pela abundância para alguns e a miséria extrema para outros. Enquanto os operários vivem marginalizados, excluídos e explorados em um submundo de sofrimento e abandono social, uma minoria abastada desfruta das delícias de um mundo de conto de fadas: Metrópolis, a grande cidade do futuro, a nova torre de babel, controlada pelo megalomaníaco industrial, Joh Fredersen, que traz em seu âmago as agruras da industrialização nas sociedades modernas. Parece ser o destino de toda a criação humana, de toda a condição de exploração existente e ainda por existir. Tornada rica, incrivelmente poderosa, e assentada sobre a miséria de milhões de operários, a cidade reluz como o farol do desenvolvimento, do crescimento econômico, da riqueza sem fim.

Apesar de a história se passar num futuro distante (que hoje é bem próximo de nós, já que no filme o ano é 2026) a sociedade mostrada em Metrópolis não está tão longe assim, nem é tão inalcançável. É na verdade uma caricatura do mundo de meados do século XIX e início do XX. É a Nova York, a Londres, a Paris, a Viena, a Berlim: As cidades-sede do capitalismo financeiro mundial, e também da miséria mundial naquela época. E assim, como essas famosas e gigantescas urbes modernas, a cidade se divide em dois mundos, dois espaços de convivência, de trabalho e de poder distintos.

Sobre a superfície, em edifícios reluzentes e gigantescos, rodeados pelo jardim dos filhos, está a elite abastada ao lado de seus funcionários mais próximos. Essa classe, a dos grandes industriais e financistas capitalistas, dispõe de uma excelente infra-estrutura urbana, com maravilhas arquitetônicas e marcos urbanísticos. A metrópole da superfície nos lembra os planos traçados para as grandes capitais do mundo, com teatros, estádios, largas avenidas e gigantescos complexos esportivos. É também a cidade dos automóveis, os quais são utilizados em larga escala para movimentação dentro da cidade.

A Metrópolis dos ricos aproxima-se assim dos frutos das “maravilhas” da corrente City Beautiful, que se espalhou pelo mundo do início do século XX até os anos 1940. As reformas urbanas promovidas por esse movimento, no geral, trouxeram melhorias para os centros urbanos, mas esqueceram dos oprimidos pelo sistema, os colocando às margens das cidades. Os planos de Speer para a Berlim de Hitler se assemelham tanto a Metrópolis, que é como se o arquiteto tivesse se inspirado livremente nela.

Metrópolis ainda bebe da corrente progressista, de uma forma que deixaria Le Corbusier fascinado. Grandes torres se projetam no centro da cidade; vias e avenidas destinadas a um grande fluxo de veículos são encontradas como navalhas a cortar toda a zona urbana. Na cidade ainda pode-se ver poucos marcos do passado, como se a antiga cidade ali existente houvesse sido arrasada, e substituída pelos espigões de concreto, aço e vidro.

Plan Voisin - Corbusier
O “Plan Voisin” de Corbusier propunha uma situação parecida para a Paris de sua época, com a demolição do passado arquitetônico da cidade, e a substituição do seu tecido urbano por largas avenidas e arranha-céus modernos. Nesse plano, poucos dos marcos arquitetônicos do passado de Paris sobreviveriam como a Catedral de Notre Dame e o Arco do Triunfo. Em Metrópolis, o único vestígio do passado é a gigantesca Catedral da cidade e uma casa esquecida, onde mora o cientista criador do robô que substituirá Maria e trará o caos para as ruas da cidade.

O zoneamento, característica forte do modelo urbanista progressista, como nos projetos e ideias de Garnier, por exemplo, é também parte integrante da cidade, que é dividida em zonas específicas: de diversão, de esportes, industrial, moradia e serviços. Dentre essas zonas há uma que está completamente dissociada da ideia do que seria conforto urbano. Metrópolis tem uma zona subterrânea, lugar destinado à moradia da mão-de-obra barata que sustenta o sistema sobre o qual a cidade está assentada. Ela soa como uma metáfora para o submundo de privações enfrentado pela classe trabalhadora.

Para o movimento pré-urbanista sem modelo, esse local é o ponto em que se encontram a miséria e a degradação humana, o local da noite apavorante. Os indivíduos que ali residem experimentam todo o tipo de horrores, inclusive a negação de si mesmos. A situação de vida dos operários é absurda. A ditadura das máquinas, da jornada de trabalho, só não é pior que a poluição a qual estão sujeitos. As enormes engrenagens do gigantesco maquinário parecem um antigo Deus furioso, a receber sacrifícios humanos para a própria glória. 

Ali não existem pessoas, mas sim uma massa compacta e repetitiva, em traje eterno de trabalho. As terríveis condições de vida e trabalho a que essas pessoas estão sujeitas, são mostradas durante o decorrer do filme, e ainda mais específicas na fala de um personagem: “Pai, essas dez horas nunca acabam?”. Os acidentes são comuns, mas tratados com displicência pelos diretores e pelo próprio Joh Fredersen. A massa de trabalhadores está sujeita a ser substituída imediatamente para o caso de haver problemas, o que a torna completamente dependente e submissa aos desmandos do grande industrial.

Os sete pecados capitais
Em um ambiente tão degradante, é de se esperar que uma revolução acontecesse. Mas a semente de revolta que Marx gostaria de presenciar, surge de forma tímida e pouco convincente em Metrópolis. Os trabalhadores não têm consciência de classe, e são controlados pelas ideias de uma “profetiza” de nome Maria. A moça diz que o mundo é injusto porque “mãos e a cabeça não se entendem”, e fala sobre a vinda de um mediador que mudará tudo: “o coração”.

A exploração é retratada no filme de forma realista, evocando o sofrimento e a quase escravidão vivida por todos. Metrópolis é comparada a Torre de Babel e ao seu infeliz destino, mas não parece evocar uma revolução como a feita, no decorrer do próprio filme, pelos escravos que construíram a malfadada torre. Os trabalhadores, portanto, são vistos como incapazes de lutar por novas condições de trabalho. Eles deveriam esperar pela redenção vinda de um “mediador” que mudaria tudo e poria melhores termos entre patrões e empregados. O mediador surge na pele do próprio filho de Joh Fredersen, que se apaixona por Maria e experimenta as privações dos trabalhadores na indústria.

O filme ainda explora os perigos da ciência. O cientista maluco, sedento por vingança, que quer punir Frederser por lhe ter roubado o amor da sua vida: Hel. A criação de um robô, aquele que poderia substituir os trabalhadores, é utilizada de forma nefasta por Fredersen e pelo cientista, na tentativa de confundir e ludibriar os trabalhadores. Maria é substituída e o caos se afigura diante de todos.

Mais uma vez o filme se mostra “morno” diante da revolução. As primeiras greves e revoltas de trabalhadores se caracterizaram pelo ataque às máquinas e fábricas, pois todos acreditavam que ambas fossem a causa do desemprego e das cruéis condições sociais as quais estavam submetidos. Em Metrópolis a história se repete, mas só até certo ponto: os trabalhadores são incitados a fazer isso pela “Maria robô”, e não se revoltam contra o patrão. Eles o temem; não estão dispostos a brigar diretamente com ele. O ataque às máquinas soa como uma tentativa desesperada de demonstrar força, mas tudo isso se esvai ao se depararem com o industrial.

Assim, a semente da revolta morre com o confronto cara a cara entre os trabalhadores e o empregador. O mediador, o filho de Joh Fredersen, consegue fazer os lados dialogarem, se aproximando das ideias socialistas utópicas de Fourier, e que jamais funcionariam no sistema Capitalista, visto que o mesmo precisa explorar a mais-valia dos trabalhadores para continuar existindo.

Há ainda uma mensagem mais obscura sobre a revolta: os próprios trabalhadores levam o perigo para as suas casas devido à revolução, com a inundação e destruição de suas moradias, num claro sinal de que a revolução traria mais perigo que o que todos já experimentavam.


No fim das contas, o filme transforma o próprio industrial em um refém da ciência, e passa uma mensagem vazia de revolução. Não há lideranças entre os trabalhadores, e sim peões num tabuleiro de xadrez; o rei continua manipulando a todos!

-- Thiago Amorim

quarta-feira, 28 de março de 2012

A viagem à Lua!



Inspirado pelo filme “Hugo” do Scorsese, resolvi postar o vídeo daquele que talvez tenha sido o primeiro filme “fantástico” da história: “A viagem à Lua”, do George Meliés! O roteiro baseia-se na obra de Júlio Verne, e, como o título sugere, mostra uma improvável viagem de seis intrépidos aventureiros até a lua.

Apesar da época em que foi produzido, o filme já traz elementos do que seria utilizado em larga escala pelo cinema mundial no futuro: os efeitos especiais!
Vejam, e divirtam-se!

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Gênios e Rivais: Bernini, Borromini e a disputa que transformou Roma

Nessas férias o principal passatempo foi ler alguns livros. Depois de “Hitler”, do Ian Kershaw; “A batalha do apocalipse”, do Eduardo Spohr; e “Carlos Magno” do Jean Favier, tive a oportunidade de ler o incrível “Gênios e rivais” do Jake Morrissey. De leitura agradável e muito interessante, trago-o como dica de livro da vez. Abaixo, um pequeno relato sobre o que podemos encontrar nas suas páginas.

O Renascimento artístico Europeu foi um dos acontecimentos mais incríveis já realizados pela raça humana. Boa parte das maiores obras artísticas e culturais desenvolvidas pelo homem, e admiradas atualmente, vieram dessa época, que também viu surgir aqueles que talvez tenham sido os mais importantes artistas da história. A lista é grande: Michelângelo, Da Vinci, Rafael Sanzi, Bramante... Figuras tão complexas e surpreendentes quanto os seus talentos.

Os frutos do renascimento e dos famosos artistas por trás desse movimento fizeram aparecer novas formas de ver e perceber o mundo. Tão importante quanto isso, fez com que nos séculos seguintes novos artistas surgissem e desenvolvessem seus próprios talentos. Dois desses novos artistas, Bernini e Borromini, trouxeram para o século XVII a disputa que havia existido entre os expoentes do século XVI. Contemporâneos, ambos tornaram-se figuras conhecidas e requisitadas, sendo criadores e construtores das maiores jóias do barroco italiano.

A disputa foi acirrada e tempestiva. Bernini, o preferido do Papa Urbano VIII, era genial e carismático, agradando a todos que o encontravam. Borromini, por sua vez, dispunha de uma genialidade à altura, mas era turrão e pouco agradável. Ambos trabalharam nas obras da Basílica de São Pedro, em Roma, e construíram diversas igrejas, fontes, praças e palácios na cidade.

Os problemas entre ambos começaram enquanto eram ainda jovens, durante a construção do Baldaquino do altar da Basílica. Com desenhos iniciais de Carlo Maderno, o gigantesco dossel de bronze acabou sendo delegado ao jovem Bernini, que com ajuda e ideias de Borromini, conseguiu terminar a colossal tarefa. Apesar de ter sido extremamente importante para o trabalho, Borromini foi posto de lado e transformado em mero “ajudante” de Bernini. O ódio surgido a partir desse acontecimento perdurou por toda a vida, fazendo Borromini surtar de raiva ao ouvir falar do concorrente.

Ambos continuaram criando e se envolvendo nas disputas pelo gosto da elite romana. Apesar de Bernini ser muito astuto, acabou por se envolver em problemas ao insistir na construção dos campanários de São Pedro, e por alguns anos foi desacreditado. No futuro, foi reconsiderado, e novamente elevado à categoria de gênio do barroco, graças a sua incrível “fonte dos quatro rios”. Entre suas obras mais famosas estão a “Cathedra Petri” no altar de São Pedro, a estátua de São Longuinho, o túmulo de Urbano VIII e a Colunata da Basílica de São Pedro.

Borromini nunca foi muito amado devido ao seu temperamento. Entretanto, construiu obras magníficas como “Sant'Ivo alla Sapienza”, “Santa Agnese in agone” e o “Oratorio dei filippini”, além de ter reformado a Basílica de São João Latrão. De certa forma ele teve seu talento eclipsado pelo de Bernini e morreu tragicamente em 1667, tendo cometido suicídio. Bernini, que viveu até 1680, foi aclamado como o maior artista do Barroco e, após receber um convite do Rei Sol, fez uma visita de seis meses à França.

A briga de egos é o tema do livro, e ver como eles pensaram e criaram suas obras é extremamente excitante. “Gênios e Rivais: Bernini, Borromini e a disputa que transformou Roma” é um dos livros que mais gostei de ler. O terminei em dois dias apenas, e fiquei com aquela sensação de quero mais no final.

Fica então a dica de leitura!

Grande abraço!

-- Thiago Amorim



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

As intermitências da morte


O primeiro livro que li do Saramago me deixou confuso. Sim, confuso. E confuso pelos sentimentos, pelas emoções que senti enquanto o lia. Mais tarde um amigo iria me dizer que aquele era o mais simples entre todos do autor, o que menos despertava interesse no leitor. Eu não concordei com ele, é claro. O tal livro, “Ensaio sobre a cegueira”, deu origem a um filme, muito bom também, e que foi visto por milhões de pessoas. Um conselho? Leia o livro primeiro e veja o filme depois!

Mas não é sobre esse livro que quero falar, e sim sobre o que li recentemente, “As intermitências da morte”. O livro começa assim: “E no dia seguinte, ninguém morreu.” Quer começo mais chocante? Mais incentivador? Passado o júbilo diante do fato, o país fictício criado por Saramago, vê-se diante de uma crise interminável. O que fazer com os “não-mortos”? O que os “mortos-vivos” sentem ou pensam? E por fim, onde está a morte?

A morte, por sua vez, não dá as caras por um longo tempo, e um grupo é criado para se livrar dos novos “indesejáveis”. A “máphia”, com ph mesmo, para diferenciar-se da outra, traz uma solução, que apesar de promissora no início, trará no futuro problemas diplomáticos terríveis, com iminência até mesmo de guerra. No fim, não é só a população que sofrerá com o sumiço da morte. Em breve, ela mesma perceberá as consequências de sua decisão.

Numa sátira incrível e bem humorada, Saramago nos faz pensar sobre política, religião, e relações humanas. E também perceber que o que vemos como grandes problemas, como a morte, por exemplo, pode ser o que mais desejamos.

Depois de meses com apenas dicas “indiretas” de livros, eis uma bem “direta” agora. É tão bom que o li em um dia apenas!

-- Thiago Amorim

P.S. No fim das contas foram duas dicas! Ou seriam três? 
Abração...

domingo, 10 de abril de 2011

Simone

Um diretor com talento incrível, mas incompreendido pela indústria do cinema; uma atriz com excesso de “estrelismo”; um cientista da computação louco e à beira da morte. Três histórias que se fundem em apenas uma. Essa é a jogada inicial do filme “Simone”, uma obra prima do cinema (pelo menos sob meu ponto de vista).

Quando a atriz principal do seu filme desiste das gravações, Viktor Taransky (Al Pacino) perde a credibilidade, o financiamento e o emprego. Desesperado e sem saber o que fazer, imagina estar arruinado, até que um desconhecido admirador do seu trabalho aparece com uma solução inusitada: a possibilidade de criar uma Diva totalmente computadorizada com o que há de melhor na indústria do cinema.

O resultado é um sucesso estrondoso, mas também uma série de confusões. Simone se torna um ícone, com milhões de fãs em todo o mundo, e uma espécie de personalidade dentro do “Eu Taransky”.  Para provar a existência da diva virtual, o diretor cria loucas situações de forma a satisfazer as cada vez maiores exigências do público.

A mentira ajuda Taransky e ele recupera a dignidade. Aos poucos, contudo, é esquecido pelo público e até por si mesmo. O choque de interesses, e o cada vez maior conflito interior fazem com que Viktor tome medidas extremas para solucionar o enorme problema que criou. Não imaginava ele que Simone tornara-se tão real que para o público, e até para si mesmo, ele quem passara a ser inexistente.

O filme peca em apenas um ponto. O de ser tão curto! Com uma história tão legal, Simone poderia avançar e ousar mais, talvez aprofundando o conflito interior de Taransky.

Assim encerro mais uma dica de filme, daqueles para ver e rever.

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Bastardos Inglórios!

O que teria acontecido caso uma milícia* organizada por assassinos profissionais tivesse aterrorizado o exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial, e atentado contra a vida do Füher? O que uma jovem judia que perdeu toda a sua família poderia fazer para prejudicar o sádico plano dos alemães? É partindo do “e se” e fundindo essas duas histórias que o filme “Bastardos inglórios” constrói sua trama.
Dividida em capítulos, a narrativa conta com uma belíssima fotografia e também uma maravilhosa trilha sonora. Há durante todo o desenrolar do filme uma sensação de medo e angústia, seguidas de momentos de euforia e alívio. Há também certo sentimento de perda ao fim do filme, principalmente pela morte de personagens aos quais nos afeiçoamos desde o início.
As atuações estão impecáveis. Até o Brad Pitt (que em minha opinião é um péssimo ator) me surpreendeu. Mas quem mais chama atenção é a Mélanie Laurent no papel de Shoshanna Dreyfus, a garota judia que foge da perseguição alemã, e terá papel central no desfecho da história. Outro ator a se destacar é o Christoph Waltz, no papel de um coronel da SS muito inteligente e sem piedade alguma. Ele recebeu vários prêmios por sua atuação.
É um filme para todos os gostos, desde aqueles que adoram história, aos que buscam apenas diversão.
Mais um para ver e rever...
Grande abraço!
-- Thiago Amorim
* De fato várias milícias e movimentos de resistência surgiram durante a Segunda Guerra Mundial nos países ocupados. Alguns com sucesso, outros nem tanto. Obviamente o do filme é fictício.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mera Coincidência - "Wag The Dog"

Matrix, Clones, Equilibrium... São muitas as idéias e filmes que mostram formas de controle das massas. Entretanto vi essa semana um filme que traz idéias de manipulação social de forma menos “futurista”, que traz a domesticação do público de forma mais realista e próxima a nós.

O filme em questão chama-se “Mera Coincidência”, de 1997. Na história o presidente dos EUA está a poucos dias de uma vitória esmagadora em sua candidatura à reeleição, quando uma acusação de abuso sexual ameaça seus planos. É convocada então uma reunião de emergência para solucionar a crise. A idéia que surge é a criação de uma guerra falsa contra a Albânia como forma de mudar o foco do escândalo para a guerra, tudo isso construído por um famoso produtor de filmes em Hollywood. As coisas correm bem até que a CIA se envolve e atrapalha os planos dos conspiradores.

Com um elenco de peso e uma história interessante, “Mera Coincidência” diverte e nos faz pensar. Afinal, os meios de comunicação estão nas mãos de quem? De onde surgem as notícias e quem tem certeza se elas são de fato verdadeiras? São questões levantadas pelo filme e que deveriam ser levadas mais a sério por cada um de nós...

-- Thiago Amorim

sábado, 11 de dezembro de 2010

A última noite de Boris Grushenko

Nesses dias de fim de período na faculdade, quando o nosso "juízo" já está meio abalado, fica difícil se concentrar e fazer algo que preste. Como eu estava à beira de um ataque de nervos, resolvi que deveria parar por algumas horas e assistir a um bom filme.

Passei por diversos canais na TV e nada me agradou. Mas meio que de repente achei um que me pareceu interessante. Confesso que só resolvi vê-lo pelo tema, alguma coisa a ver com Napoleão e a invasão à Rússia em 1812. Não imaginava que iria me divertir tanto!

O filme conta a história de Boris, um jovem russo que se vê obrigado a partir para a guerra em defesa de seu país das agressões napoleônicas. Ele é um covarde convicto e assumido, apaixonado por sua prima Sonja e muito atrapalhado. Apesar desses detalhes acaba surpreendendo na guerra, mais por acaso que por vontade, e se torna um grande herói nacional.

A tal última noite que aparece no título do filme, refere-se ao encontro de Boris e Sonja com Napoleão e um plano para assassiná-lo. É uma comédia inteligente, com diálogos bem construídos e cenas hilariantes, onde a morte tem um papel essencial do início ao fim.

Destaque para as cenas em que Boris conversa com a morte e com a personagem Sonja.

Fica aí a dica. Mais um filme para ver e rever (eu já vi seis vezes!).

-- Thiago Amorim

sábado, 30 de outubro de 2010

A ilha

A ilha é um filme que nos faz pensar sobre como vivemos e a sociedade que estamos construindo. Contando com toda a “pirotecnia hollywoodiana”, com cenas de ação de tirar o fôlego, não perde seus méritos e é de fato uma obra prima da sétima arte. Como nunca mais escrevi alguma dica de filme, resolvi expor sobre esse, que já estreou há alguns anos, mas é interessante e vale a pena ser visto. No pequeno relato abaixo há diversos spoilers* e muito da minha opinião pessoal. Espero que gostem!

Numa antiga base militar americana em meio ao deserto, um complexo futurista guarda um segredo que pode mudar para sempre as relações sociais do nosso planeta. Uma organização ligada ao governo americano diz oferecer a cura para morte através da clonagem. Entretanto, os clientes dessa organização, não sabem que seus clones (ou agnatos, como são chamados no filme) possuem vida social e tem sentimentos humanos.

Para que os clones permaneçam pacíficos e não desconfiem de nada do mundo lá fora, uma série de mentiras é criada, como uma contaminação global onde só eles escaparam, e a existência de uma ilha, na qual todos terão o direito de viver ao ganhar na loteria. Os segredos da organização correm perigo quando os clones começam a desconfiar que tudo o que se passa dentro do complexo é uma farsa. Alguns fogem e é iniciada uma caçada desesperada em busca dos foragidos. Por fim os clones conseguem salvar a todos e destruir a base secreta. A história se passa no ano de 2019.

O filme mostra o que as inovações tecnológicas e cientificas podem trazer de bom ou ruim para a nossa sociedade. Percebe-se no decorrer da história que a tecnologia facilita em vários pontos da nossa vida, como nos setores de transporte, informação, comunicação, segurança e saúde. Mas também revela os perigos de uma “liberação científica”.

A sociedade é enganada devido à maravilha que a ciência proporciona: A extinção da morte ou o prolongamento da vida para quem puder pagar. Os clones são vistos como produtos e tratados de igual forma, havendo de fato uma mercantilização da vida, mesmo quando os clientes não conheçam a verdade sobre o negócio. Dessa forma a empresa prestadora de serviços, ficou livre para atuar da maneira como desejasse sem precisar ser fiscalizada, infringindo diversas leis éticas. A tecnologia cegou o homem, e nesse sentido foi maléfica. Houve a criação de um segundo holocausto, que como o nazista, gerava lucros.

Também é explorado o sentido de alienação. Os clones ficam “cegos”, presos ao seu mundo devido ao grande grau de controle e manipulação que a tecnologia proporciona. Sem saber, os clones trabalhavam para o progresso da instituição e, consequentemente, para suas próprias mortes.

-- Thiago Amorim


*Spoilers são informações que revelam partes, ou o todo, do enredo de histórias e filmes.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dan Brown

Ele veio sorrateiro, e em alguns anos tornou-se um fenômeno mundial de vendas. Através de suas obras, centenas de outras foram criadas. De quem se trata? Dan Brown, um dos autores de maior sucesso na atualidade. Sua carreira decolou após o estrondoso sucesso do livro “O Código da Vinci” e então todo mundo se interessou por seus escritos. Para quem não sabe, a história desse livro se passa depois dos acontecimentos no Vaticano, no livro “Anjos e Demônios” (que sem dúvida é o melhor de todos).

Há quem o ame e quem o odeie (eu obviamente faço parte do primeiro grupo), por isso resolvi elencar três motivos básicos de por que ler Dan Brown. Eis a lista:

1 - Ler não é apenas estudar, também é divertir-se, e Dan Brown diverte como ninguém mais;

2 - Se você gosta de cinema e tem problema com livros, saiba que ler é muito melhor. Para encorajá-lo a iniciar a leitura, nas obras de Dan Brown estão presentes todos os elementos do cinema (Dan Brown praticamente escreve roteiros para filmes nas suas histórias);

3 - Mistério, suspense, informação? Os livros de Dan Brown deixam você louco, do início ao fim, além de te levar por um passeio ao redor do mundo e da história;

Aconselho que inicie a leitura das suas obras pelo primeiro livro em que aparece o personagem Robert Langdon e, depois de ter lido toda a série, pegue os outros romances. Abaixo, uma breve história de cada um deles:

Anjos e demônios - Antiga sociedade secreta ressurge com o objetivo de destruir a Igreja Católica, criando uma verdadeira guerra entre ciência e religião;

O código da Vinci - Curador do Louvre é assassinado e traz, através do próprio corpo, uma mensagem sobre um código nas obras de Da Vinci, que esconde um grande segredo da vida de Jesus Cristo;

O símbolo perdido - Sociedades secretas e assassinatos, combinação perfeita com Robert Langdon e uma história de suspense do começo ao fim;

Ponto de Impacto - O que aconteceria se descobrissem vida alienígena no planeta? E o que isso teria a ver com a sucessão presidencial americana? Uma história fantástica, com reviravoltas surpreendentes;

Fortaleza digital - Privacidade e segurança existem? Não se um computador da NSA recebeu um vírus poderoso e através disso, informações sigilosas do governo e de milhões de pessoas no planeta estão disponíveis na internet.


Para mim, Dan Brown está entre os melhores escritores de ficção-científica, romance e suspense, na atualidade. Vale a pena conferir!

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

Entrevista com Dan Brown pela BBC:

domingo, 18 de julho de 2010

As mil e uma noites


Desde criança sempre ouvi falar sobre as histórias das mil e uma noites, mas nunca tive a oportunidade de ter acesso à obra em si. Há alguns anos, soube que haveria um relançamento em português, apresentado por Malba Tahan, e me interessei para comprar, mas como na época não tive a oportunidade de encontrá-la, fiquei apenas na vontade.

Eis que depois de uns cinco anos de espera, finalmente encontrei os dois volumes disponíveis e por um preço bem acessível. Desde então tenho me maravilhado com Sherazade, suas belas histórias, e o encanto do Sultão Shahriar pela bela e inteligente Sultana.

A história começa com a vida de dois irmãos Sultões, que após serem traídos por suas esposas resolvem fugir dos seus reinos. Ao ver que não apenas ambos sofrem por amor e traições dispõem-se a voltar aos seus países de origem e optam por um estilo de vida diferente. O mais rico dos dois, Shahriar, toma a decisão de casar todos os dias e matar a própria esposa na manhã seguinte.

Uma grande onda de terror impera então por todo o seu reino, e Sherazade, filha do Grão-Vizir da corte, apaixonada e comprometida a acabar com o sofrimento de pais, mães e filhos, pede permissão a seu pai para casar-se com o Sultão. Após muita relutância do pai, que temia sua morte certa, consegue por fim seu intento e constrói um elaborado plano com sua irmã Dinazade para conquistar seu amor e findar com o suplício do povo: Todas as noites, antes do raiar do dia, Dinazade deve pedir a sua irmã para contar-lhe uma história, que astutamente não terá fim desde que Shahriar aceite que Sherazade sobreviva até a próxima noite, permitindo que a Sultana sobreviva indefinidamente.

O Clássico da literatura árabe traz as histórias mundialmente famosas de “Ali Babá e os quarenta ladrões”, “Aladim”, “Simbá” entre outras ainda mais belas e surpreendentes.

O livro baseado na versão de Antoine Galland, amplamente traduzida em todo mundo, conquistou fama e simpatia do Ocidente por ter escolhido as melhores e mais belas lendas da infinitamente reproduzida obra “Mil noites e uma noite” original.

Dica de leitura para qualquer hora, em qualquer lugar...

-- Thiago Amorim

terça-feira, 30 de março de 2010

Livro: "Roubaram a Mona Lisa!"

A expressão da Mona Lisa, exposta no Louvre em Paris, traz uma série de perguntas à cabeça de todos que a veem.  O que aquela mulher sentia, quem era, o que fazia? As especulações são muitas e as respostas mais numerosas ainda. Surpreendentemente o sorriso mais famoso do mundo é o mais singelo e contido.

No recente trabalho da escritora R.A. Scotti, somos convidados a adentrar no mundo das artes, das falsificações e das investigações policiais, em busca do destino do quadro mais famoso do mundo, naquele que foi o maior roubo de arte da história. Com seriedade e bom humor, o "passo a passo" dessa história é minuciosamente trabalhado e, por fim, esclarecido.

De Apollinaire e Picasso até o verdadeiro ladrão, Vincenzo Peruggia, e ainda entre as várias histórias que surgiram durante, e após o período em que o quadro ficou desaparecido*, podemos sentir o clamor e o pesar do povo francês por sua perda. A autora é claro, não nos deixa escapar a história da obra e do seu famoso artista, Leonardo Da Vinci.

“Roubaram a Mona Lisa!” é delicioso de ler do início ao fim, deixando “aquele gostinho de quero mais”, sempre presente nas obras de R.A. Scotti.


-- Thiago Amorim

* O quadro foi levado do Louvre em 21 de agosto de 1911, e não se percebeu o sumiço até a manhã seguinte. Foi encontrado em Florença em 12 de dezembro de 1913 e restituído a França em janeiro de 1914.

sábado, 20 de março de 2010

Livro: "Armas, Germes e Aço"

Por que o povo da Eurásia se mostrou mais apto a construir impérios, criar tecnologias e dominar o mundo durante grande parte da história humana? 
Os Eurasianos são melhores que todo o resto da população mundial e, portanto, mais evoluídos?

Os relatos preconceituosos derivados dessas perguntas (até mesmo afirmações) são postos abaixo pelo excelente trabalho do Professor Jared Diamond no seu livro "Armas, Germes e Aço".

Essa obra (que lhe rendeu o prêmio Pulitzer) traz de forma clara e concisa uma explicação simples para a hegemonia eurasiana na história da raça humana.

Segundo seu trabalho, as condições climáticas e geográficas da Eurásia propiciaram o desenvolvimento do que o autor chama de armas, germes e aço: exércitos, doenças e tecnologia, que viriam a ser os meios de dominação utilizados contra as outras regiões do mundo. 

Para os Darwinistas sociais a sua resposta é bem concisa: Os povos que vivem sem um estado definido, com leis e instituições para solucionar os seus problemas, precisam resolvê-los por si mesmos. Então apenas os mais desenvolvidos geneticamente conseguem sobreviver, o que torna os aborígenes australianos, por exemplo, mais evoluídos que os Europeus. 

Seus preconceitos nunca mais terão sentido depois de apreciar esse livro...
Leitura obrigatória para todos! 

-- Thiago Amorim

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O grande labirinto

Hoje vou indicar um livro maravilhoso, desses que a gente quer "Ler e reler". "O grande labirinto" de Fernando Savater me surpreendeu do começo ao fim. Trata-se de literatura infanto-juvenil, com uma boa dose de filosofia e aventura. Apesar disso é leitura imprescindível para qualquer pessoa, em qualquer idade.


Acompanhamos durante a narrativa quatro crianças que buscam seus pais e tios. Há também uma livraria com um senhor muito simpático que adora os meninos. 

As aventuras começam no estádio da cidade onde diversas pessoas foram ver um tal "jogo do século" e nunca mais voltaram para casa. Elas davam notícia por um tempo, contando as maravilhas do tal jogo, mas depois desapareciam.

As crianças perdem seus parentes lá e resolvem entrar no ambiente para descobrir o que acontece. A partir daí viajam por um labirinto de livros, histórias e contos de fadas fantásticos, além é claro do encontro com os temidos psicófagos! Cada capítulo tem uma lição de vida para ser aprendida, que está nas entrelinhas, enfim é uma obra magnífica.

Ler esse livro me lembrou de uma discussão que tive com a Andréa outro dia. Falávamos sobre a questão do gosto pela leitura (ou pela falta dele) entre o povo do nosso país. Eu dizia ser questão cultural e ela completava dizendo que também era por falta de acesso e incentivo.
Depois de encontrar a obra de Savater numa escola pública, vi que ela tinha razão. As pessoas às vezes até procuram ler, mas não encontram o que ou onde, e quando finalmente conseguem achar algo, são impedidas por alguma "força superior". Parece que tudo conspira contra os livros.

No meu caso, só tive acesso a obra porque era amigo de uma professora. As demais, que inclusive fazem parte de uma coleção fantástica enviada pelo Governo para as escolas, ficaram lá, trancados na biblioteca.

Espero que em breve professores e diretores se conscientizem da importância de abrir as bibliotecas para seus alunos. Pior que ver os livros destruídos por excesso de uso, é vê-los mofados por falta.

Conhecimento nas prateleiras é conhecimento perdido...

Abraço para todos!!

-- Thiago Amorim

P.s. É fácil encontrar o livro. Várias bibliotecas de escolas municipais e estaduais receberam a coleção da qual ele faz parte recentemente.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mais uma dica da semana: Livro


Uma breve história do mundo


Começando com a quase inútil presença humana na Terra, o autor de “Uma breve história do mundo” mostra de forma bem clara e acessível como o homem transformou o planeta e a si mesmo com o passar dos milênios. A invenção do fogo e da roda, o despertar da agricultura e pecuária, os grandes impérios e as inovações tecnológicas que sacudiram o mundo estão presentes nessa obra admirável.


O livro é sucesso de vendas em diversas partes do mundo, com exemplares esgotados rapidamente. A forma como está articulada é um fator positivo explorado pelo autor, que trata dos temas em separado e ao mesmo tempo misturados. É no fim uma “salada” maravilhosa de fatos e eventos.


A linguagem simples facilita a compreensão dos episódios históricos e consegue prender a atenção até mesmo daqueles que não gostam do tema. A escalada do poder humano e suas formas de dominar a natureza estão muito bem esquematizadas de forma a fascinar o leitor.


Geoffrey Blainey traz uma deslumbrante viagem aos primórdios da história humana, e nos fascina com a caminhada do homo sapiens rumo ao século XXI.

Dica da semana: Filme



A mulher invisível

Quando ouvi falar desse filme me disseram que se tratava de uma porcaria. E me disseram assim mesmo: “porcaria”. Por causa da crítica feita pelo amigo, eu nunca havia visto a película. Contudo, ontem minha irmã chegou a nossa casa e chamou para ver o filme durante o almoço. Eu fiquei receoso em ver, mas assisti junto a ela. E aí foi que pensei: “Nossa!!! Que injustiça com o filme”.

Dei boas gargalhadas do início ao fim. É um filme para ver com amigos, para se divertir mesmo. Conta a história de um rapaz que é abandonado pela esposa e se desespera. Após algum tempo na depressão, cria a “mulher ideal” e passa a acreditar que ela existe de fato. Aí acontecem situações hilárias por causa da “invisibilidade” da moça.

Na história a mulher do apartamento ao lado é apaixonada por ele, e é de fato a mulher ideal que ele procura. O problema é que o cara está tão centrado em relação à “mulher invisível” que não percebe a existência da “mulher real” que o ama. Tem cenas muito engraçadas relativas a isso também. O final é lindo, mas não vou contar aqui, claro!

Destaque para a Fernanda Torres, a Vani de “Os normais”, hilária como sempre. A participação dela é curta, mas imprescindível para as gargalhadas nas cenas finais do filme.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dica da semana: Filme

Na sexta-feira estava meio "Piongo" e resolvi ver quais os filmes que passavam no HBO.
Para minha surpresa estava passando um musical, Hairspray, e fiquei um pouco desinteressado, afinal, Musicais nunca foram o meu forte no "quesito" filmes.
A película começava com a correria de Tracy e sua amiga Penny a fim de chegar a tempo em casa e ver um programa de TV de Baltimore, sua cidade natal.
Esse programa mostrava jovens da região dançando e tinha grande audiência por lá.
O sonho de Tracy era o de participar do programa, mas por ser gordinha e baixinha todos apostavam na sua incapacidade. Na verdade a menina era uma grande cantora e dançarina, e quando uma das garotas do programa foi afastada por estar grávida, um concurso foi aberto possibilitando que Tracy corresse atrás do seu sonho. É bem óbvio que ela conseguiu. Hehe.
A história se passa nos anos 60 e por isso "no pano de fundo" do filme há o tema racismo. Para quem não sabe, nessa época havia grande segregação e preconceito contra os negros nos EUA (isso não parece ter mudado muito). O programa de TV que passa no filme tem até mesmo um dia no mês apenas para os negros.
Destaque para John Travolta no papel da mãe de Tracy, ficou realmente hilário.
Na verdade a versão que assisti é a de 2007. Há uma versão de 1988 que pretendo ver também assim que possível.
No fim, a história que não teria me interessado por ser um musical, acabou me prendendo o tempo todo e eu ficava louco para dançar (nunca senti isso antes, kkk).
Um filme muito divertido.
Mais um para ver e rever.
Grande abraço!!