quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Encefalite Letárgica!



Resolvi falar sobre isso em um dos posts desse mês porque há muito tempo fiquei morrendo de medo de algo do tipo acontecer comigo. É claro que tudo não passou de uma bobagem minha, de uma agonia hipocondríaca que só podia vir de mim mesmo. Afinal, Vovó Marina (que Deus a tenha!) era extremamente nervosa com qualquer coisa que pudesse deixá-la doente, e acho que herdei essa característica fatídica dela. 

Outro fator para escrever sobre o assunto é o fato de estar de férias e dormir o tempo todo. Não por estar com a doença, mas por puro cansaço mesmo. O semestre na faculdade foi "pesado". Mas vamos ao que interessa:

Imagina que um dia você está com um daqueles sonos gigantescos, que mal te deixam de olhos abertos. Resolve dormir, feliz e tranquilo, com vontade de ficar na cama por séculos. Bem, eu não pediria para dormir por séculos, pois esse desejo pode se realizar...

Trata-se de uma doença pouco conhecida e muito pouco comentada, em parte devido às circunstâncias em que apareceu. Durante e após a Primeira Guerra Mundial, cerca de cinco milhões de pessoas foram infectadas no mundo (e morreram), numa epidemia de proporções cataclísmicas. O fato é que mesmo tendo alcançado tantas pessoas, a gripe espanhola, que matou cerca de vinte milhões “roubou a cena” das epidemias na época, e a doença nem ao menos é citada na história.

A enfermidade chama-se “encefalite letárgica” e, como o próprio nome sugere, deixa o indivíduo cansado, abatido, em estado de cansaço total. A pessoa cai num sono profundo e passa dias, semanas, e até meses dormindo, enquanto a morte não chega. Os infectados não acordam para ir ao banheiro, comer ou tomar banho, apenas permanecem numa espécie de coma profundo. Caso alguém os desperte, eles alimentam-se rapidamente e voltam a dormir.

Não há cura! Simplesmente não se sabe como a doença surge, ou como se desenvolve. Entre todos os infectados, os poucos que conseguiram sobreviver passaram o resto da vida numa espécie de fadiga permanente.

Mas não há motivos para pânico! Afinal, a epidemia veio e foi embora no início do século passado, sem deixar qualquer rastro que seja. Assim, apesar do medo mortal de dormir para sempre (trocadilho infame), estou tranquilo e curtindo muito as férias! Não vão cismar com isso hein! Haha!

Para saber mais:

Breve história de quase tudo - Bill Bryson
A história e suas epidemias - Stefan Cunha Ujvari

Grande abraço!

-- Thiago Amorim

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Aos amigos!



A quinze dias do fim o cheiro de mofo impregna tudo... O ano, que ao término do que passou era novo, não é mais o mesmo, é apenas um moribundo prestes a desencarnar. E como em tudo que acaba, há o lamento, a nostalgia; não importa o quão ruim o defunto tenha sido.

Diante do novo o repertório se repete. Surgem mais uma vez as expectativas, os desejos, as emoções. A esperança de que tudo será bom, que a vida irá melhorar, que o ano que nasce trará paz e bonança. O momento é de olhar para frente, de conformar-se com o que aconteceu e sonhar com um futuro melhor; mais uma vez.

O eterno ir e vir do tempo nos deixa frustrados, animados, pensativos, cansados, felizes; tocados e emocionados com mais do mesmo. Não fosse a existência da amizade essa perpetuação contínua de flashbacks tiraria o sentido da nossa existência.

Para quem não sabe o perseguido e famoso “sentido da vida” está na maneira como nos relacionamos com os outros. Nos amigos que fazemos; nas experiências que trocamos.

Esse ano foi muito difícil em diversos aspectos. Ganhei algumas coisas, perdi muitas outras. Mas o que importa é o grande número de pessoas que conheci, as amizades que construí, e as que mantive firmes, mesmo com seus percalços e contratempos. 

Assim, agradeço aos meus queridos e amados amigos, aqueles sem os quais não poderia viver; sem os quais não valeria a pena viver. Obrigado por me acompanhar nessa caminhada, por me fazer feliz... 

Grande abraço!

-- Thiago Amorim