sexta-feira, 11 de março de 2011

O Sertão

A vegetação carcomida pelo sol cáustico; as pedras surgidas do solo morto e ressequido, frutos do clima árido do sertão, dão uma aparência desoladora à paisagem. Animais mortos, lagos secos, seres famintos; povo sofredor, angustiado. O sertão das cores marrom e cinza. Isso é tudo o que se vê; tudo o que se “vende” por aí.

Durante boa parte do ano essa paisagem se transforma e revela um lado fascinante, conhecido apenas por aqueles que vivenciam a mudança.

As árvores, aparentemente mortas, renascem em uma profusão de cores e perfumes. O solo árido torna-se fértil e produz com abundância. O povo anima-se; a festa é grande. A novena é rezada; a padroeira homenageada. A vida segue com fartura e alegria, com a esperança de que tudo será sempre bom. O Sertão lindo, doce e agradável aparece.

É pouco conhecido, não é anunciado. Mas encanta, apaixona, emociona, diverte. O povo daqui o conhece; o povo que ama, que sofre, que ri... O povo do Sertão... O Sertão...

-- Thiago Amorim

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